Bauru quer dobrar total de árvores
THIAGO NAVARRO - Jornal da Cidade - 21/09/2015 - 14:00:10
No Dia Mundial da Árvore, comemorado hoje, Bauru busca ampliar e até dobrar a quantidade de árvores plantadas nas calçadas da cidade.
O último dado que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) tem é de 2013, e cita 60 mil. No entanto, são mais de 130 mil lotes com edificação predial, o que de imediato já aponta que mais da metade não possui nenhuma árvore em seu passeio público.
Para chegar a uma situação considerada "ideal", com uma árvore por lote com construção, a cidade precisaria, portanto, dobrar este índice. A Semma está atualmente levantando as espécies que predominam em Bauru, inclusive por região da cidade, mas os resultados preliminares só devem ser conhecidos em 60 dias. O estudo faz parte do Plano Municipal de Arborização, que terá também as ações de manejo, e deve ficar pronto no começo do próximo ano.
Engenheiros agrônomos Luiz Fernando Nogueira Silva e Gabriela dos Santos Souza, ambos da Semma, dizem que o plano vai nortear as ações de plantio da própria pasta, indicando aos munícipes as espécies que mais estão em falta.
"Cada época teve uma árvore que predominou, já foi a sibipiruna, o chapéu-de-sol, a canelinha, depois o resedá. Hoje em dia é o oiti. O que a gente busca é diversificar os tipos de árvore que são plantadas nas calçadas", comenta Luiz Fernando.
"O problema de uma espécie só predominar em um bairro é que se uma praga entrar, vai gerar problemas em diversas árvores de uma só vez", completa Gabriela. A prefeitura, através da Semma, indica relação de espécies adequadas ao plantio nas calçadas, conforme o lado da rua - abaixo ou não da rede de iluminação pública (veja abaixo).
MUDAS
Justamente para apontar quais espécies são mais abundantes e quais faltam em Bauru, bem como a distribuição geográfica pelos bairros.
"Quando isso estiver pronto, será uma forma de orientar com precisão a população sobre qual espécie plantar em cada região. Mas atualmente qualquer espécie considerada adequada pode ser plantada nas calçadas. O ideal são as de porte médio, que realmente trazem um efeito mais direto para a cidade", frisa Luiz Fernando.
Uma das espécies que a Semma tem incentivado é o siraricito, que ainda aparece com pouca frequência na cidade.
"Ela atende bem os requisitos, tem porte médio, faz uma boa sombra, é uma árvore interessante para ser aproveitada na cidade", comenta Gabriela.
SUPRESSÃO
Para novas construções, o plantio de uma muda é obrigatório, inclusive para receber o Habite-se. A Semma cita que depois ainda é feita uma visita de um fiscal para verificar se a árvore foi devidamente plantada. Até agosto, foram 972 pedidos do gênero na cidade.
Já para substituir uma árvore, é necessário autorização da prefeitura. "Não é possível simplesmente suprimir e não colocar outra no lugar. Se isso ocorrer, a pessoa pode ser multada", lembra Luiz Fernando.
Em 2015, até julho, a Semma recebeu 879 pedidos para substituição de árvores, sendo que 491 foram negados e 388 foram autorizados, com base em critérios técnicos, entre eles eventuais riscos que a árvore possa causar. "Não dá simplesmente para substituir sem um motivo", reitera.
Em caso de irregularidades, tanto em construções novas como em supressão, a Semma notifica o proprietário, que tem 15 dias para regularizar a situação. Caso isso não ocorra, uma multa de 300 Ufirs (cerca de R$ 900,00) é aplicada.
ÁREAS VERDES
Além das árvores nas calçadas, muitas são encontradas nas áreas verdes da cidade. São 675 praças, algumas bem conhecidas e arborizadas, como a Praça Portugal (na zona sul) e a Praça Luiz Zuiani (no Higienópolis) e outras com menos vegetação ou até mesmo não urbanizadas.
Há ainda quatro bosques (Comunidade, Parque União, Bauru 16 e Geisel), o Parque Vitória Régia e o Zoológico e o Jardim Botânico, entre outros.
SERVIÇO
Quer plantar? Tem muda no viveiro municipal: rua Henrique Hunzicker, quadra 1, Jardim Bom Samaritano (próximo ao Jardim Redentor) das 8h às 11h e das 14h às 16h30, de segunda a sexta-feira. (14) 3203-5390. Cada munícipe pode retirar até três mudas. O viveiro orienta ainda como deve ser feito o plantio.
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Para chegar a uma situação considerada "ideal", com uma árvore por lote com construção, a cidade precisaria, portanto, dobrar este índice. A Semma está atualmente levantando as espécies que predominam em Bauru, inclusive por região da cidade, mas os resultados preliminares só devem ser conhecidos em 60 dias. O estudo faz parte do Plano Municipal de Arborização, que terá também as ações de manejo, e deve ficar pronto no começo do próximo ano.
Engenheiros agrônomos Luiz Fernando Nogueira Silva e Gabriela dos Santos Souza, ambos da Semma, dizem que o plano vai nortear as ações de plantio da própria pasta, indicando aos munícipes as espécies que mais estão em falta.
"Cada época teve uma árvore que predominou, já foi a sibipiruna, o chapéu-de-sol, a canelinha, depois o resedá. Hoje em dia é o oiti. O que a gente busca é diversificar os tipos de árvore que são plantadas nas calçadas", comenta Luiz Fernando.
"O problema de uma espécie só predominar em um bairro é que se uma praga entrar, vai gerar problemas em diversas árvores de uma só vez", completa Gabriela. A prefeitura, através da Semma, indica relação de espécies adequadas ao plantio nas calçadas, conforme o lado da rua - abaixo ou não da rede de iluminação pública (veja abaixo).
MUDAS
Justamente para apontar quais espécies são mais abundantes e quais faltam em Bauru, bem como a distribuição geográfica pelos bairros.
"Quando isso estiver pronto, será uma forma de orientar com precisão a população sobre qual espécie plantar em cada região. Mas atualmente qualquer espécie considerada adequada pode ser plantada nas calçadas. O ideal são as de porte médio, que realmente trazem um efeito mais direto para a cidade", frisa Luiz Fernando.
Uma das espécies que a Semma tem incentivado é o siraricito, que ainda aparece com pouca frequência na cidade.
"Ela atende bem os requisitos, tem porte médio, faz uma boa sombra, é uma árvore interessante para ser aproveitada na cidade", comenta Gabriela.
SUPRESSÃO
Para novas construções, o plantio de uma muda é obrigatório, inclusive para receber o Habite-se. A Semma cita que depois ainda é feita uma visita de um fiscal para verificar se a árvore foi devidamente plantada. Até agosto, foram 972 pedidos do gênero na cidade.
Já para substituir uma árvore, é necessário autorização da prefeitura. "Não é possível simplesmente suprimir e não colocar outra no lugar. Se isso ocorrer, a pessoa pode ser multada", lembra Luiz Fernando.
Em 2015, até julho, a Semma recebeu 879 pedidos para substituição de árvores, sendo que 491 foram negados e 388 foram autorizados, com base em critérios técnicos, entre eles eventuais riscos que a árvore possa causar. "Não dá simplesmente para substituir sem um motivo", reitera.
Em caso de irregularidades, tanto em construções novas como em supressão, a Semma notifica o proprietário, que tem 15 dias para regularizar a situação. Caso isso não ocorra, uma multa de 300 Ufirs (cerca de R$ 900,00) é aplicada.
ÁREAS VERDES
Além das árvores nas calçadas, muitas são encontradas nas áreas verdes da cidade. São 675 praças, algumas bem conhecidas e arborizadas, como a Praça Portugal (na zona sul) e a Praça Luiz Zuiani (no Higienópolis) e outras com menos vegetação ou até mesmo não urbanizadas.
Há ainda quatro bosques (Comunidade, Parque União, Bauru 16 e Geisel), o Parque Vitória Régia e o Zoológico e o Jardim Botânico, entre outros.
SERVIÇO
Quer plantar? Tem muda no viveiro municipal: rua Henrique Hunzicker, quadra 1, Jardim Bom Samaritano (próximo ao Jardim Redentor) das 8h às 11h e das 14h às 16h30, de segunda a sexta-feira. (14) 3203-5390. Cada munícipe pode retirar até três mudas. O viveiro orienta ainda como deve ser feito o plantio.
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