O Fórum Pró-Batalha realiza, neste sábado de manhã, o plantio de árvores às margens do córrego Engenho Velho, afluente do Rio Batalha, existente na divisa entre Agudos e Bauru. A ação, que é aberta à participação da população, terá concentração a partir das 9h em frente ao condomínio Lago Sul, no quilômetro 239 da rodovia João Batista Cabral Rennó, a Bauru-Ipaussu. De lá, a caravana seguirá para a área do plantio na bacia do Alto Batalha.

Os trabalhos devem seguir até o início da tarde. Haverá distribuição de lanche e água aos participantes.

A iniciativa marca os 20 anos de existência do Fórum Pró-Batalha e a retomada das atividades de recuperação das matas ciliares em aproximadamente duas dezenas de afluentes do rio.

"Desde 2009, nada era plantado pela ONG especificamente no Batalha", detalha Gabriel Motta, diretor executivo do Fórum Pró-Batalha.

"Ao recuperar a mata, a quantidade de água no rio aumenta e a área ao redor também é beneficiada. Com isso, queremos evitar que episódios, como o ocorrido em janeiro deste ano, não causem o assoreamento do Batalha", acrescenta Klaudio Cóffani, presidente da ONG.

Para isso, a entidade precisou de autorização de nove propriedades que cercam as margens do rio. "Apenas uma não permitiu nossa presença", lamenta Cóffani.

RECURSOS

A ação só é possível após a aprovação recente de um projeto da ONG, que conseguiu a liberação de verbas na ordem de R$ 472 mil, do Fundo Estadual de Recursos Hídricos da Secretaria de Saneamento, para realizar a recuperação da mata nativa em 20 hectares de Área de Preservação Permanente (APP) do Batalha.

"Fornecemos uma contrapartida de 33,4 mil mudas e o dinheiro será utilizado na construção de cercas e na operacionalização do monitoramento de toda a área por três anos", explica Gabriel.

A mesma verba também pagará a contratação de uma empresa, selecionada por meio de licitação, que realizou a preparação dos locais que receberão as mudas. "A terra foi arada e as covas foram feitas com o coroamento com nutrientes ao redor do espaço. Os participantes nos ajudarão apenas a colocar as mudas e a fechar", detalha Cóffani. "Queremos que pais levem os filhos e nos ajudem a provocar a sensibilização socioambiental", completa.