Seminário debate o papel do biólogo na área ambiental
- 04/09/2009 - 10:13:43
O óvulo em fecundação, símbolo da profissão, exemplifica a abrangência da atuação do biólogo.
Formular e elaborar estudos, projetos e pesquisas relacionados à preservação, saneamento e melhoramento do meio ambiente é o papel do profissional graduado em biologia conforme a lei federal nº 6684, de 03/09/1979, que regulamenta o exercício da profissão. A partir da publicação da lei, a data ficou marcada como o dia do biólogo. No entanto, a atuação do biólogo tem ido além do que especifica a lei com o aumento da pressão da atividade humana sobre o meio ambiente.
Diante deste cenário, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo CETESB, juntamente com o Conselho Regional de Biologia da Primeira Região CRBio 01, promoveram, em 02.09, o seminário -O papel do biólogo na área ambiental-. O objetivo do encontro foi apresentar e divulgar as atividades, experiências e responsabilidades do biólogo enquanto profissional atuante na área ambiental.
A abertura do evento contou com a participação do presidente da CETESB em exercício, Edson Tomaz de Lima Filho, e do presidente do CRBio 01, Wlademir João Tadei. -A questão ambiental hoje exige uma visão muito mais holística do que cartesiana e o biólogo, por sua formação, tem essa visão de análise do conjunto das questões existentes-, apontou Edson. Já, o presidente do CRBio 01 parafraseou o pai da teoria da evolução para demonstrar o dinamismo que o biólogo deve adquirir. -Como disse Darwin, não são os animais mais fortes que sobrevivem, mas os que apresentam maior capacidade de adaptação- - declarou. De acordo com Wlademir, o estado de São Paulo conta atualmente com 18.000 biólogos.
A palestra inicial foi ministrada por Aristides Almeida Rocha, primeiro biólogo da CETESB, quando a companhia chamava Centro Tecnológico de Saneamento Básico, na qual destacou o papel do profissional como parte de uma equipe multidisciplinar. -A CETESB surgiu com pouco mais de seis técnicos e eu era o único biólogo. O número do meu crachá era 007-, contou em tom de brincadeira. Durante a palestra, Aristides, que é professor titular e ex-diretor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, consultor assessor das Organizações Pan-Americana e Mundial de Saúde OPA/OMS e presidente do conselho consultivo do Instituto Samuel Murgel Branco, contou o histórico dos biólogos na CETESB. Tudo começou com o laboratório do prédio cinco. Na época, o governador Abreu Sodré vinha para a inauguração e as vidrarias ainda não tinham sido entregues. Pegamos emprestados alguns beckers da Comissão Intermunicipal de Controle das Águas e do Ar CICPAA, que atuava na região do ABC, e fizemos algumas soluções coloridas apenas pra ficar com cara de laboratório, relatou. De acordo com Aristides, o biólogo é importante para participar das decisões de planejamento, não só nas análises laboratoriais. Para ele, o maior patrimônio da CETESB é o corpo de funcionários. -Me orgulho muito de ter começado aqui-, declarou.
O seminário abordou em três mesas redondas as diversas áreas nas quais o biólogo tem atuação dentro do sistema estadual de meio ambiente. As mesas discutiram o trabalho em monitoramento e diagnósticos ambientais, licenciamento ambiental, fiscalização, emergências ambientais e educação ambiental. Para a farmacêutica bioquímica Rosana Maria de Macedo Borges, do setor de áreas contaminadas da CETESB, o biólogo pode atuar em qualquer área, desde que tenha conhecimento técnico. -Temos estagiários em biologia que puderam escolher onde trabalhar, com duas propostas de consultoria-, afirmou.
A bióloga Júlia de Lima Krahenbuhl, que trabalha na Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente SMA destacou a transversalidade exigida quando o tema é educação ambiental. -Para explicar a um professor o que é fotossíntese ou ciclo hidrológico em curso de capacitação, facilita se o profissional for um biólogo para esclarecer tais conceitos-, enfatizou.
O encerramento do seminário contou com a palestra -Mudanças Climáticas e Biodiversidade-, apresentada por Carlos Joly, professor da Universidade Estadual de Campinas UNICAMP e coordenador do programa de Pesquisa em Caracterização, Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo Biota/Fapesp.
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Formular e elaborar estudos, projetos e pesquisas relacionados à preservação, saneamento e melhoramento do meio ambiente é o papel do profissional graduado em biologia conforme a lei federal nº 6684, de 03/09/1979, que regulamenta o exercício da profissão. A partir da publicação da lei, a data ficou marcada como o dia do biólogo. No entanto, a atuação do biólogo tem ido além do que especifica a lei com o aumento da pressão da atividade humana sobre o meio ambiente.
Diante deste cenário, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo CETESB, juntamente com o Conselho Regional de Biologia da Primeira Região CRBio 01, promoveram, em 02.09, o seminário -O papel do biólogo na área ambiental-. O objetivo do encontro foi apresentar e divulgar as atividades, experiências e responsabilidades do biólogo enquanto profissional atuante na área ambiental.
A abertura do evento contou com a participação do presidente da CETESB em exercício, Edson Tomaz de Lima Filho, e do presidente do CRBio 01, Wlademir João Tadei. -A questão ambiental hoje exige uma visão muito mais holística do que cartesiana e o biólogo, por sua formação, tem essa visão de análise do conjunto das questões existentes-, apontou Edson. Já, o presidente do CRBio 01 parafraseou o pai da teoria da evolução para demonstrar o dinamismo que o biólogo deve adquirir. -Como disse Darwin, não são os animais mais fortes que sobrevivem, mas os que apresentam maior capacidade de adaptação- - declarou. De acordo com Wlademir, o estado de São Paulo conta atualmente com 18.000 biólogos.
A palestra inicial foi ministrada por Aristides Almeida Rocha, primeiro biólogo da CETESB, quando a companhia chamava Centro Tecnológico de Saneamento Básico, na qual destacou o papel do profissional como parte de uma equipe multidisciplinar. -A CETESB surgiu com pouco mais de seis técnicos e eu era o único biólogo. O número do meu crachá era 007-, contou em tom de brincadeira. Durante a palestra, Aristides, que é professor titular e ex-diretor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, consultor assessor das Organizações Pan-Americana e Mundial de Saúde OPA/OMS e presidente do conselho consultivo do Instituto Samuel Murgel Branco, contou o histórico dos biólogos na CETESB. Tudo começou com o laboratório do prédio cinco. Na época, o governador Abreu Sodré vinha para a inauguração e as vidrarias ainda não tinham sido entregues. Pegamos emprestados alguns beckers da Comissão Intermunicipal de Controle das Águas e do Ar CICPAA, que atuava na região do ABC, e fizemos algumas soluções coloridas apenas pra ficar com cara de laboratório, relatou. De acordo com Aristides, o biólogo é importante para participar das decisões de planejamento, não só nas análises laboratoriais. Para ele, o maior patrimônio da CETESB é o corpo de funcionários. -Me orgulho muito de ter começado aqui-, declarou.
O seminário abordou em três mesas redondas as diversas áreas nas quais o biólogo tem atuação dentro do sistema estadual de meio ambiente. As mesas discutiram o trabalho em monitoramento e diagnósticos ambientais, licenciamento ambiental, fiscalização, emergências ambientais e educação ambiental. Para a farmacêutica bioquímica Rosana Maria de Macedo Borges, do setor de áreas contaminadas da CETESB, o biólogo pode atuar em qualquer área, desde que tenha conhecimento técnico. -Temos estagiários em biologia que puderam escolher onde trabalhar, com duas propostas de consultoria-, afirmou.
A bióloga Júlia de Lima Krahenbuhl, que trabalha na Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente SMA destacou a transversalidade exigida quando o tema é educação ambiental. -Para explicar a um professor o que é fotossíntese ou ciclo hidrológico em curso de capacitação, facilita se o profissional for um biólogo para esclarecer tais conceitos-, enfatizou.
O encerramento do seminário contou com a palestra -Mudanças Climáticas e Biodiversidade-, apresentada por Carlos Joly, professor da Universidade Estadual de Campinas UNICAMP e coordenador do programa de Pesquisa em Caracterização, Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo Biota/Fapesp.
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