Replantio e mata natural em alta melhoram o ambiente em Bauru
- 01/06/2009 - 08:19:10
Em vez de boi, eucalipto. Em 13 anos, a área ocupada por plantações de eucalipto e pinus em Bauru aumentou seis vezes. Dados da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento mostram que de 1995 e 1996 a 2007 e 2008 o reflorestamento produtivo no município de Bauru aumentou de 666 hectares (ha) para 4,1 mil ha. De acordo com técnicos da secretaria, as plantações dessas árvores ocuparam o lugar que antes era usado como pasto para o gado. A vegetação natural também aumentou, ajudando a melhorar o meio ambiente.
Marco Aurélio Parolin Beraldo, assistente de planejamento do Escritório de Desenvolvimento Rural da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) de Bauru, explica que a pesquisa da secretaria estadual considera a vegetação existente em cada uma das propriedades rurais avaliadas e afirma que áreas reflorestadas são aquelas cobertas por vegetação de cultivo, como pinus e eucalipto. -São culturas que tiveram uma expansão muito ampla. Grandes empresas que utilizam essas árvores arrendaram muitas áreas na região-, diz.
Porém, ele ressalta que esse tipo de vegetação não é exatamente uma recuperação ambiental. -Ela está lá para ser cortada. Não é uma recomposição da mata nativa, mesmo por ser uma espécie exótica-, explica. E essa floresta comercial se expande nos lugares onde antes havia pasto. -O que a gente pode observar pelo levantamento, é que algumas culturas, como a de cana, de laranja e eucalipto expandem enquanto as áreas de pastagem estão diminuindo-, avalia.
Para o presidente do Fórum Pró-Batalha, Ivan de Marche, esse tipo de cultivo pode ser considerado como um -reflorestamento produtivo-. -É com caráter comercial. Se fosse com o sentido de aumentar a floresta natural, seria classificado como recomposição da mata-, pondera. Mas ele avalia que entre as produções agropecuárias do município de Bauru, as matas de eucalipto e pinus são as que causam menos dano à natureza. -Entre cana-de-açúcar, pasto e o reflorestamento, o terceiro é o que causa menor impacto. A finalidade é produtiva, mas enquanto não são derrubadas, propiciam abrigo para vida silvestre. E também deixam o solo descansar-, avalia o ambientalista.
Pasto x eucalipto
O produtor rural Leopoldino Capelozza Filho já reduziu a área de pasto de sua propriedade, em Cabrália Paulista, em 30% no ano passado. No lugar, plantou eucalipto. Sem revelar números, afirmou que substituiu a produção em busca de rendimento maior. -O gado é muito incerto. O consumo nacional não aumenta e o preço varia muito-, pondera.
Já com o plantio de eucalipto ele espera colher resultados em breve. -A perspectiva é boa. Estou bastante animado-, afirma. Caso os resultados se confirmem, ele já pensa em diminuir ainda mais o rebanho para aumentar a sua -floresta-.
De acordo com o produtor, em dois anos já pode cortar as árvores, caso o objetivo seja fornecer madeira para alimentar fornalhas. Se a meta for a produção de celulose, o corte pode ser feito em seis anos. Já se o objetivo for a indústria de movelaria, o eucalipto deve ser cortado com mais de 10 anos.
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Marco Aurélio Parolin Beraldo, assistente de planejamento do Escritório de Desenvolvimento Rural da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) de Bauru, explica que a pesquisa da secretaria estadual considera a vegetação existente em cada uma das propriedades rurais avaliadas e afirma que áreas reflorestadas são aquelas cobertas por vegetação de cultivo, como pinus e eucalipto. -São culturas que tiveram uma expansão muito ampla. Grandes empresas que utilizam essas árvores arrendaram muitas áreas na região-, diz.
Porém, ele ressalta que esse tipo de vegetação não é exatamente uma recuperação ambiental. -Ela está lá para ser cortada. Não é uma recomposição da mata nativa, mesmo por ser uma espécie exótica-, explica. E essa floresta comercial se expande nos lugares onde antes havia pasto. -O que a gente pode observar pelo levantamento, é que algumas culturas, como a de cana, de laranja e eucalipto expandem enquanto as áreas de pastagem estão diminuindo-, avalia.
Para o presidente do Fórum Pró-Batalha, Ivan de Marche, esse tipo de cultivo pode ser considerado como um -reflorestamento produtivo-. -É com caráter comercial. Se fosse com o sentido de aumentar a floresta natural, seria classificado como recomposição da mata-, pondera. Mas ele avalia que entre as produções agropecuárias do município de Bauru, as matas de eucalipto e pinus são as que causam menos dano à natureza. -Entre cana-de-açúcar, pasto e o reflorestamento, o terceiro é o que causa menor impacto. A finalidade é produtiva, mas enquanto não são derrubadas, propiciam abrigo para vida silvestre. E também deixam o solo descansar-, avalia o ambientalista.
Pasto x eucalipto
O produtor rural Leopoldino Capelozza Filho já reduziu a área de pasto de sua propriedade, em Cabrália Paulista, em 30% no ano passado. No lugar, plantou eucalipto. Sem revelar números, afirmou que substituiu a produção em busca de rendimento maior. -O gado é muito incerto. O consumo nacional não aumenta e o preço varia muito-, pondera.
Já com o plantio de eucalipto ele espera colher resultados em breve. -A perspectiva é boa. Estou bastante animado-, afirma. Caso os resultados se confirmem, ele já pensa em diminuir ainda mais o rebanho para aumentar a sua -floresta-.
De acordo com o produtor, em dois anos já pode cortar as árvores, caso o objetivo seja fornecer madeira para alimentar fornalhas. Se a meta for a produção de celulose, o corte pode ser feito em seis anos. Já se o objetivo for a indústria de movelaria, o eucalipto deve ser cortado com mais de 10 anos.
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